sábado, 17 de abril de 2010

Tudo é perfeito do jeito que é!!

ANJO MEU, esse era o texto que eu queria que você lesse ontem antes de dormir.

Um homem foi a Sócrates e perguntou: "Sou jovem e gostaria de me casar. Queria ouvir a sua sugestão, pois ouvi muitas histórias sobre a sua vida de casado. Você é uma pessoa muito experiente sobre casamento. Vim para receber seu conselho. O que devo fazer? É melhor casar ou permanecer solteiro?

Sócrates respondeu: "É melhor você se casar." O jovem, que sabia que o filósofo não era feliz no casamento, disse: "Você me deixa perplexo. Jamais podia imaginar que a sua resposta seria essa”.

Sócrates replicou: "Não há motivo para ficar perplexo, é simples: Se você tiver uma boa esposa, você será feliz. Se você arranjar uma mulher como a minha, você se tornará um grande filósofo. Apenas para sobreviver, tive de me tornar tranqüilo, meditativo e silencioso. Isso me ajudou imensamente. De ambas as maneiras você será beneficiado. Então, case-se”.

A história da humanidade mostra que o homem evita de todas as formas o sofrimento, quando na verdade deveria experimentá-lo sempre, com aceitação e sem julgamentos. O movimento da vida é sempre protetor, embora nos pareça, às vezes, estar contra nós. O problema está na percepção e na interpretação do que nos acontece.

Toda percepção humana é falha porque é fruto do ego – aquilo que nos separa da Divindade e que busca entender a vida a partir do cérebro e não do coração, onde está realmente a sabedoria. O cérebro, sede do pensamento lógico, só é capaz de assimilar o conhecimento, não a sabedoria.

Portanto, o que os nossos sentidos captam não é a realidade, mas somente aquilo que a percepção, através dos precários sentidos humanos, consegue alcançar. É preciso ir além da mente para se conhecer o real, aquilo que não muda, o sagrado, popularmente conhecido como mistério da vida.

No Budismo, existe uma parábola muito interessante que mostra como a percepção é falha e toda a inutilidade dos julgamentos. Numa aldeia da Índia vivia um velho sábio com seu único filho. Os dois tinham um cavalo muito bonito e invejado por toda a redondeza. Uma noite o cavalo desapareceu da cocheira. A vizinhança logo se alvoroçou: “Pobre de você, velho, que desgraça perder um cavalo tão valioso!”

Sereno, o velho disse para a pequena multidão que se formou diante de sua casa: “Digam apenas que o cavalo não está na cocheira. Este é o fato, o resto é julgamento. Quem pode saber se isso é bênção ou maldição?

Numa determinada noite, o cavalo voltou acompanhado de outros seis cavalos, mais bonitos ainda. De novo os vizinhos se manifestaram: “Que maravilha, você é um homem de sorte, velho. Agora tem sete cavalos”.

Novamente ouviram do velho sábio: “Este é apenas o fragmento de uma história que ainda não acabou. Apenas digam que o cavalo voltou. Quem pode saber se isso é bênção ou maldição?”

Encantado com os cavalos, um dia o filho do velho decidiu cavalgar. Sofreu um acidente, fraturou as pernas e foi parar numa cadeira de rodas. De novo a voz do povo: “Que maldição a sua, velho! Como você vai agora dar conta do trabalho na lavoura?”

“Vocês estão obcecados por julgamentos – disse o velho sábio. Digam apenas que meu filho fraturou as pernas. Isso é tudo que podemos entender do acontecimento que lhe tirou os movimentos. Quem pode saber se é bênção ou maldição?”

Anos mais tarde, o país entrou em guerra e o governo convocou todos os rapazes da aldeia para os campos de batalha. A cidade inteira chorava, lamentando o destino dos jovens: “Você tinha razão, velho, seu filho pode estar aleijado, mas está contigo, enquanto os nossos irão ao encontro da morte. Você é um homem de sorte!”

“Vocês continuam julgando – disse o velho sábio. Entendam que a vida nos chega em partes e somente Deus, a Totalidade, sabe se isso é uma bênção ou uma maldição”. Moral da estória: Uma jornada nunca chega ao fim. Um caminho começa, outro termina; uma porta se fecha, outra se abre. Deus é uma jornada sem fim.

Penso que na aceitação está a chave da felicidade duradoura. A infelicidade surge justamente onde não há a aceitação: quando é noite, choramos pelo dia; quando é dia, choramos pelo repouso da noite. Quando mais crítica for a nossa conduta, mais empobrecida será a existência de cada um de nós neste planeta. A vida precisa conhecer uma variedade enorme de experiências e emoções para tornar-se rica.

O desafio, na minha opinião, é aprender a arte de não dividir, não comparar, não classificar e não julgar as coisas. Buda chamava esse jeito de ser de filosofia do ASSIM É, fundamentada numa lógica muito simples: Se tudo o que existe no mundo é criação divina, tudo é perfeito do jeito que é.
Sorria, meu anjo!!
MIL BEIJOS!!!!!!!!!!!!!

Um comentário:

Anjo bobo disse...

Obrigado meu anjo, por alegrar meus dias, me ensinar, por estar comigo, por essas palavras.

Voce é simplesmente maravilhosa
Beijo enorme so pra vc.